21/01/2010 0 comentários

Metas

Metas, metas, metas, tenho mesmo que criar uma? Será que eu consigo viver sem? Ate onde eu me lembro vivi bem sem ela ate os meus 10 anos, naquela época a única meta era correr, chutar, se esconder, procurar e descobrir se no dia seguinte ia chover para não estragar a brincadeira. Apesar de que eu me amarrava em jogar futebol na chuva, minha mãe que não gostava muito.
Após essa fase de metas preocupantes, o sexo oposto começou a ficar mais interessante, mais atraente, as brincadeiras já não tinham tanta graça, a não ser “salada mista” (abençoado seja quem a inventou). Ela te aproxima de desejos e sensações nunca antes sentidas, acho que é daí que vem o nome, é uma salada de emoções, com direito de conhecer a cada sensação, uma verdadeira roleta russa do “amor”.
A única coisa ruim de tudo isso é quando você descobre que é apenas uma amostra grátis da paixão, após a salada mista as coisas começam a se dificultar com elas, e você tem o primeiro contato real com as metas. Agora você tem que as impressionar, tem que fazer, andar, falar, se vestir de uma forma que mostre que você é o cara. E isso não deixa de ser uma meta.
A meta é uma ocupação mental para o seu cotidiano, e o foco para o nada, e é uma ocupação ate o momento que você não conquistar, porque após a conquista você vai querer se atualizar, que também não deixa de ser uma meta.
Vejo a meta como um combustível para a vida, tente imagina sua vida sem uma! Seria muito sem graça, estudar para que? Trabalhar? Dinheiro? Carro?Namorar?Casar? Ir à igreja... Vou ser um pouco piedoso e vou pegar o carro como exemplo:
A maioria dos meninos, quando criança um dos primeiros presentes recebido pelo pai é um carrinho ou uma bola de futebol, ao longo ele vê que não leva tanto jeito com a bola e parte para o carinho, afinal, basta empurrá-lo e fazer um barulho estranho com a boca para simular o motor do carango e pronto, você está habilitado para “dirigir” seu carro.

O tempo passa, e com ele vem aquele sonho de infância, fazer aquele carinho de R$ 1,99 virar um carro digno de uma “pescoçada feminina” para essa meta ser realizada você vai passar boa parte da sua vida sacrificando seus trocados por ele ou entrar em um financiamento de 60X, e o mais estranho de tudo é que quando você o adquirir vai querer trocar as rodas, porque ela não tem tanto estilo (como o do seu amigo), ou colocar aquele som com cornetas ensurdecedoras que mais parecem um trio elétrico em pleno carnaval na Bahia, lógico que não pode falta os insulfilm, um aro 16 cromado, farol neon... Mas ta faltando alguma coisa! Ah lembrei, dinheiro, e lá vai você de novo traçar uma meta, mas corra porque ano que vem tem novo modelo no mercado.




 
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