12/03/2010

O riso.

Todo termino de namoro é difícil, e para João aquele estava sendo o pior de todos. Justo o relacionamento que ele mais se dedicou, para ele aquela paixão era o ponto final de sua perseguição ao amor, ou comodismo.

Saiu da casa dela inconformado, foi ele mesmo que terminou o namoro, ele tinha certeza que ao falar o seu verdadeiro sentimento ela iria pedir uma chance para mudar, que nada, o futuro dela estava um passo a frente dos dois. Tempo perdido.

Decidiu caminhar ate a casa de seu amigo, o caminho era longo, mas não era maior que suas lembranças e sua raiva, sentimentos que o acompanhou ate lá.

Felipe não era um dos melhores conselheiros, a sua maior aventura em vida foi ficar 24h em frente ao computador jogando tíbia enquanto comia amendoim.

Conversaram pouco sobre, e no meio de suas múrmuras João se depara com o sorrido mais encantador e descompromissado que já tinha visto, era prima do Felipe transbordando alegria e simpatia. Ela o cumprimentou sorrindo, sorriso que o paralisou totalmente, tanto que ele nem conseguiu retribuir o Oi.

João estava totalmente encantado, fazia tempo que ele não era contemplado com tanta simplicidade e sutileza. A atenção dele era toda dela.

Já passava da meia noite, e Felipe se deitou para puxar um cochilo, ela foi à cozinha beber água, e foi nesse embalo de atitudes que finalmente João conseguiu trocar suas primeiras palavras com ela.

Eles conversaram com a TV ligada em um programa de humor, programa que ele tentava assistir com a outra. Ela achava ridículo quem ficava em frente a uma TV rindo. Esse era um dos seus grandes hobby.

O tempo passava calmamente entre olhares e risos.

Eles compartilharam as cenas mais hilárias de suas vidas. Eles riram e se esqueceram daqueles que não o souberam admirar as coisas simples da vida.

A noite acabou em um beijo, e João voltou para sua casa.

O caminho era longo, mas não era maior que sua alegria e sua paz.

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